quinta-feira, 6 de junho de 2013

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"Chulé" usado como arma contra mosquito da malária

"Chulé" usado como arma contra mosquito da malária
Um estudo britânico conclui que o mosquito da malária sente uma atração pelo cheiro a chulé. O mau cheiro dos pés pode, assim, vir a ser usado como uma arma para combater a doença que mata mais de 600 mil pessoas por ano em todo o mundo.
 
"Afinal os pés malcheirosos servem para alguma coisa", afirmou o James Logan, líder da investigação, levada a cabo na Escola de Higiene e de Medicina Tropical de Londres. A equipa de cientistas fechou um grupo de voluntários numa câmara de forma a extrair os odores de cada um, conforme eles ficavam com calor e suavam.

Posteriormente, os odores recolhidos eram guardados num de dois tubos de ensaio, para que os insectos tivessem de escolher entre o tubo com e o tubo sem odor. O que se verificou foi que os mosquitos se dirigiram em massa para os tubos com odores humanos, especialmente aquele com cheiro a "chulé".
 
A descoberta permite agora que os autores do estudo criem cenários em laboratório que possibilitem controlar este mosquito.
 
Antes desta investigação já se sabia que da tentação dos mosquitos pelos odores humanos. Ainda assim, os conhecimentos sobre o mosquito portador do parasita da malária eram muito limitados.

Mosquitos não são fáceis de enganar
 
A pesquisa, para já, prossegue, com a identificação dos compostos químicos que compõem este cheiro dos pés, de modo a que se possam sintetizar em laboratório e criar armadilhas. No entanto, isto será um grande desafio tendo em conta o apurado sentido de olfato dos insetos.
 
Alguns queijos cheiram tão mal como os pés de algumas pessoas, apontou o professor. "Mas os mosquitos não são atraídos pelos queijos porque evoluíram de tal modo que sabem a diferença", explica.
 
"Temos que encontrar os rácios certos na fórmula [para conseguir enganar os mosquitos], senão os mosquitos não vão pensar que é um cheiro humano".

Todos os anos morrem cerca de 600 mil pessoas vítimas da malária, a maior parte das quais crianças que vivem em África. O combate a esta doença tem suscitado diversos estudos, com a finalidade de diminuir a mortalidade e controlar o mosquito que transporta a doença.

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